Por detrás das montanhas
Quando vens cada ciclo
Me estremeço de veias
Fico mudo de pleno
Ano-luz amarela
Que derrete os minerais
Que amolece os animais
Curandeira das trevas
Pastorinha do cais
Que recebo em teus raios
No alimento das sombras
Que chegaram relâmpagos
Entre olhos de pedras
Cavalgaram teu dorso
Nos umbigos da terra
Nos rochedos que rompem
Ante um raio mais forte
Os sons das guitarras
Faíscas da vida
Um solo de clarões
Que nos iluminou
No ventre dos abismos
Para o ventre dos abismos...
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